quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Jeitinho Brasileiro

          Um contraste nos jornais: Em São Paulo pessoas manifestando contra a corrupção do governo e em Pernambuco a corrupção de algumas pessoas que aproveitaram a greve dos policiais para cometer crimes. Sobre a questão da corrupção, não existem mocinhos ou bandidos. Pois todos cultivam as pequenas corrupções do dia a dia. O brasileiro é contra a corrupção na política, mas o "jeitinho brasileiro" é encarado com normalidade. A famosa "Lei de Gerson" faz parte do cotidiano brasileiro, por isso a corrupção na política é apenas um reflexo das corrupções de cada brasileiro.

          Todos praticam pequenas corrupções no dia a dia. Uma mentira, uma música baixada, um atestado médico adulterado, trair amigos ou amores, entre tantas outras coisas. A pessoa sabe que está errado, mas como vai levar vantagem, omite alguns dados, mente em outros e no final das contas ninguém acha errado. Já é normal. É o "jeitinho brasileiro". No entanto, pode ter o apelido que for, são corrupções que o povo finge que não vê.

          Para os brasileiros o culpado é sempre o governo. Contudo, o que eles fazem é apenas um reflexo da corrupção que o povo faz no dia a dia. A diferença é na grandiosidade dos fatos. Corrupção não deixa de ser corrupção por ser pequenos atos debaixo dos panos ou grandes escândalos estampados nos jornais. Se o brasileiro não se choca com pequenas corrupções, é estranho criticar as grandes corrupções. O governo é culpado, mas o povo também.

          A corrupção faz parte do ser humano. Sendo político ou não, as pessoas sempre querem levar vantagem em tudo. Portanto, enquanto o povo brasileiros encarar o "Jeitinho Brasileiro" com normalidade, a corrupção continuará nas ruas e na política.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Uma Praça Chamada Internet

          A internet se assemelha a uma praça. É um local público onde podemos encontrar os amigos, conversar e se divertir. No entanto, em locais públicos também existem pessoas que não conhecemos e, por isso, se quisermos compartilhar alguma informação pessoal, não vamos ter muita privacidade. 

          Dá-se a impressão que muitos internautas não sabem separar o virtual e a realidade. Uma postagem é como se fosse um "grito" numa praça aberta para pessoas conhecidas e desconhecidas. O problema desse "grito" na praça é que todos vão ouvir: Conhecidos, desconhecidos, amigos queridos e gente chata. Se fosse na vida real, boa parte dessa gente não estaria numa lista de amigos.

          Precisamos ter noção da privacidade do que postamos. Pense comigo: da sua lista de amigos virtuais, quantas pessoas você convidaria para vir à sua casa? Dessas pessoas, quantas você contaria tudo o que está pensando? Nessa lista menor, quantas você mostraria suas fotos pessoais de viagem, festa, infância? Desses VIP's, quantos você contaria a cada minuto onde está e o que está fazendo? É meio assustador se for pensar.

          Não, eu não condeno as redes sociais. Eu as amo! Estou sempre usando-as. Contudo, já parou pra pensar que a foto do seu filho pode estar sendo vista tanto pelos seus melhores amigos quanto pelas pessoas que você mais detesta? Eu não sou contra as redes sociais, porém acho que devemos usá-las com sabedoria. 

          Estou comparando a internet com uma praça. Ambas podem ser usadas de modo positivo ou negativo. Na praça pode vir uma exposição de arte, mas também pode ser usada para compartilhamento de droga. Na internet podemos ter acesso a muitas informações que vão nos edificar, mas pode ser usada para tomar o seu tempo. Como temos usado as redes sociais?

          Portanto, devemos pensar duas vezes antes de dar um "grito" na praça. Não sabemos quem está do lado de lá ouvindo. Pode ser gente boa, ou não. Além disso, é bom verificar o modo de privacidade. Nem todo mundo precisa ver o aniversário do nosso filho. É uma coisa muito intima. Saber aproveitar ao máximo a internet sem nos expor, pode ser um hábito bem saudável que nos deixarão tranquilos.