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quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Jeitinho Brasileiro

          Um contraste nos jornais: Em São Paulo pessoas manifestando contra a corrupção do governo e em Pernambuco a corrupção de algumas pessoas que aproveitaram a greve dos policiais para cometer crimes. Sobre a questão da corrupção, não existem mocinhos ou bandidos. Pois todos cultivam as pequenas corrupções do dia a dia. O brasileiro é contra a corrupção na política, mas o "jeitinho brasileiro" é encarado com normalidade. A famosa "Lei de Gerson" faz parte do cotidiano brasileiro, por isso a corrupção na política é apenas um reflexo das corrupções de cada brasileiro.

          Todos praticam pequenas corrupções no dia a dia. Uma mentira, uma música baixada, um atestado médico adulterado, trair amigos ou amores, entre tantas outras coisas. A pessoa sabe que está errado, mas como vai levar vantagem, omite alguns dados, mente em outros e no final das contas ninguém acha errado. Já é normal. É o "jeitinho brasileiro". No entanto, pode ter o apelido que for, são corrupções que o povo finge que não vê.

          Para os brasileiros o culpado é sempre o governo. Contudo, o que eles fazem é apenas um reflexo da corrupção que o povo faz no dia a dia. A diferença é na grandiosidade dos fatos. Corrupção não deixa de ser corrupção por ser pequenos atos debaixo dos panos ou grandes escândalos estampados nos jornais. Se o brasileiro não se choca com pequenas corrupções, é estranho criticar as grandes corrupções. O governo é culpado, mas o povo também.

          A corrupção faz parte do ser humano. Sendo político ou não, as pessoas sempre querem levar vantagem em tudo. Portanto, enquanto o povo brasileiros encarar o "Jeitinho Brasileiro" com normalidade, a corrupção continuará nas ruas e na política.

sábado, 19 de abril de 2014

As Nossas Conversas

                    Gosto de conversas despretensiosas. Aquelas que chegam de fininho, na ponta do pé e quando a gente menos percebe, já conquistou um espaço do nosso lado. Não existe inimigo, nem problemas; não existe o lado de lá e o lado de cá; existe apenas um lado e uma conversa. Isso não significa que não existem opiniões contrárias. Elas existem, e muitas. Não quer dizer que vamos concordar em tudo. Há muitas discórdias, muitas mesmo. Mas a despretensão está ai. Discordamos, mas a admiração pela pessoa é maior. As opiniões podem ser contrárias, mas nosso intelectualidade esta sempre a favor do crescimento.

                    Não há disputa para ver quem é o vencedor da batalha de opiniões. Em batalhas todos saem feridos, com rancor e com sentimento de vingança. A boa conversa argumenta sem precisar ofender. Aliás, quem precisa ofender pra argumentar é porque não confia em seu próprio argumento. A boa conversa ninguém sai ferido. Todos saem renovados e prontos para outra. Não há sentimento de vingança. O que existe é que fica aquele saborzinho de "quero mais".

                    A conversa gostosa sugere. Ela fala o que pensa, mas também quer saber sua linha de pensamento. A desagradável exige. Se não pensar igual, você não serve. A conversa gostosa tem uma fala mansa. A conversa desagradável tem um tom imperativo. Meu falecido vô costumava dizer que "quando a pessoa não tem argumento, ela começa a gritar". No caso, ele se referia a pastores, mas tenho visto isto com qualquer tipo de pessoa.

                    O argumento penetra na alma. O grito apenas perturba. O argumento pode ser silencioso, pode estar apenas escrito, mas ele fala alto na nossa alma. Isso revela outro ponto importante também sobre quem não tem argumento. Quem não tem, fica nervoso. Parte para a briga. Descobri que a violência verbal e física é o melhor argumento que pessoas ignorantes possuem. Elas não tem mais nada a oferecer. Por isso batem. No entanto, como é gostoso a boa conversa. Ela tem muito para oferecer, assim como Cristo, e pegam poucas alegrias e as multiplica. Cinco ideias e dois amigos viram uma grande festa. Sobram doze cestos de amor, amizade e companheirismo. Portanto a boa conversa sempre soma ao nosso coração. Ela nunca retira a alegria, mas, sim, sempre deposita. Como é bom tem um amigo! Um provérbio Judeu diz que é muito bom ter um amigo pois na dificuldade ele se torna como um irmão. Isso é uma benção!

                      No entanto, existem dois tipos de pessoas que interagimos: os que gostam de falar e os que gostam de conversar.

                     Os que gostam de falar não se interessam pela pessoa que está ouvindo. O que elas querem é falar. Aliás, se você tentar dar sua opinião ou acrescentar algo na conversa, desencana. Eles vão continuar falando sem levar em consideração sua opinião. Não estão ligando se é você que está ouvindo ou se é o zé da esquina. Contanto que tenha alguém pra ouvir, eles continuam falando. O difícil de conversar com esse tipo de pessoa é que ela não se lembra do que você gosta ou o que é importante pra você. Na próxima conversa ela nem vai lembrar o que você falou no dia anterior.

                    Por outro lado existem aqueles que gostam de conversar. Eles conhecem o seu gosto e querem saber sua opinião porque sabem que podem crescer com a amizade. Eles fazem questão de conversar com você pois sabem muito bem que você pode acrescentar na vida deles. Lembram não só o que você falou ontem, mas também as coisas que você gosta. Esse tipo de amizade acrescenta na nossa vida porque eles não se interessam apenas em falar, eles querem conversar, saber o que você pensa.

                     Quais são os tipos de amizades que estamos cultivando? As que nos ouvem ou as que não dão a mínima pra nós? Fazer amizade com quem só quer falar faz mal pra nós. Nos deixa mal, pra baixo. Devemos andar com pessoas que nos colocam pra cima; que pelo menos lembram o mínimo do que é importante pra gente. Esse tipo de amizade acrescenta. Esse é o tipo de amizade que faz bem pra vida.





Conversas comigo mesmo - 01
Kendi Wakizaka